terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A santidade da música católica



Hoje é muito difícil pregar para agradar a todos. E a catolicidade da Igreja, hoje, é muitas vezes usada de maneira errada. A música católica é expressão de vida, de grande amor por Jesus, e contém esse caráter de expiação, de dor, amor e alegria pelo Senhor. E nós, e aqueles que são chamados a dar a vida através da música, precisamos conhecê-la.

Busquei algumas coisas sobre a música sacra dentro da nossa Igreja neste livro do Padre Gabriele Amorth, que nos ensina a cantar com a nossa vida.

O que é profano não tem como entrar, pois não consegue aderir ao sagrado que é a Igreja. É como água e óleo. Nós não temos a intenção de condenar a ninguém, mas sim que todos tenham um encontro pessoal com o amor do Senhor. Nós queremos orientar.

Este livro, todo músico católico deveria ler. "É certo, porém, que a música que leva o coração a adoração em Espirito e Verdade, não pode levar ao êxtase e a sensualidade".

Vejam, amados jovens. Vocês que gostam do rock, axé e samba. É muito difícil purificar essas coisas, porque o ritmo vai expressando a sensualidade do corpo. E nós vamos pensando que tudo é em nome da conversão. Cuidado!As seitas também fazem isso.

Outra realidade que hoje também é muito perigosa: perder a simplicidade. Cuidado com o modo de vestir e a sensualidade nas roupas para cantar.

Eu gostaria que vocês lessem esse artigo de pesquisas realizadas que mostram jovens batendo a cabeça uns nos outros nos shows de música católica. O músico católico é aquele que canta a sua vida, canta a Tradição da Igreja, aquilo que ele crê. Eu canto para a glória da Igreja, e não para o meu interesse pessoal. E é preciso escutar as orientações da Igreja.

Eu estou falando como pastor. Cuidado! Nós não precisamos imitar o que é profano. O Espirito Santo pode nos dar o que é mais lindo. Por isso, o músico deve cantar a Deus, cantar a dor. É preciso cantar a renúncia, que damos o nosso suor naquilo que vivemos.

Eu não sou ministro de música. Sou um sacerdote de Deus, como tantos neste Brasil. Mas o que queremos é cada vez mais honrar a nossa música católica. Por isso, não cabe música protestante na nossa Liturgia Católica. Não podemos abrir para termos aquilo que não acredita na Liturgia Católica, que é do céu.

O musico católico não é um produto. Não se sinta um produto. O seu canto não é um produto, porque de graça recebemos, de graça damos.

Hoje, muitos dos nossos pobres não têm acesso à música católica e não podem mais ir a um show, porque não podem pagar. Muitas vezes, imitam-se as coisas do mundo, de que é preciso ganhar dinheiro. E o Senhor disse: "de graça recebestes, de graça deveis dar".

É preciso a comunhão no mundo da música católica. Um grupo evangélico construiu um grande estúdio de gravação só para eles, com os direitos autorais de músicas que um padre gravou. Não é verdade que para a Igreja Católica pode tudo, que pode colocar todos os ritmos na liturgia Isso não é verdade, porque ela tem a sua essência. E é para o louvor da Igreja que estamos aqui.

O Senhor faz passar a reparação pelo coração dos cantores e das cantoras católicas, porque o nosso cantar é único. E não é orgulho não, é muito da nossa alma. E o noso tesouro é imenso. Não copie o que é profano.

Com muito amor, diz o padre Gabrielli, que o rock é um grito de rebeldia do demônio contra Deus. E isso fica muito claro nas músicas de rock satânico. A conversão é um dom de Deus e não depende daquilo que você está escutando.

E disse o nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI: “Sem recolhimento não há profundidade”. E o Espirito Santo tem falado porque a juventude não tem se convertido como antes. Não estou falando de silêncio exterior, mas de recolhimento interior. Por que você precisa ouvir o que Deus está falando a você naquele momento de uma música de louvor.

Quando eu ia aos encontros de louvor, quando o músico falava, quando ele fechava os olhos, a música ficava em segundo lugar, porque ele estava ali expressando a busca de santidade da sua vida, que é o que leva a conversão. Se houver uma contradição entre as duas formas de comunicação – a verbal e aquilo que a pessoa está vendo – o que a pessoa vê, fica abatido por aquilo que se está ouvindo.

O rock religioso leva o seu seguidor de volta ao rock secular. Filho e filha, o Hallel é uma certeza de que muitos jovens serão levados a um impacto com Deus. E os jovens querem chegar aqui e ter um impacto com o céu. Aqui, eles querem encontrar o novo, porque o que era velho se faz novo. E o magnificat da Virgem deve ecoar em todo este lugar, deve arrastar o jovem que está nas drogas, na prostituição para este lugar. Que eles venham, porque aqui eles vão encontrar Deus.

A Igreja Católica não precisa de artistas, mas de santos. A juventude precisa escutar aquilo que é de Deus e não aquilo que eles querem escutar. Nem tudo é mel, mas tem também a dor da picada da abelha. É preciso a dor. E não dá para cantar axé, rock sem que o ritmo os leve à sensualidade. Quantos pecados entram por causa do ritmo do rock... Porque a porta está aberta.

Você não veio aqui só para se divertir. Canta para Deus!

Transcrição: Célia Grego
Padre Roberto Lettieri 
Fundador da Fraternidade Toca de Assis que tem como principal carisma a adoração ao Santíssimo Sacramento e o acolhimento aos mais necessitados. Prega diversos encontros e retiros por todo o Brasil.

sábado, 5 de janeiro de 2013

CRISTÃOS PERSEGUIDOS


Cerca de 105 mil cristãos são perseguidos todos os anos por causa de sua fé. O número de mártires nos dois últimos séculos supera os de toda a história do cristianismo


Imagem manchada com sangue de cristãos em atentado no Egito
A história do Cristianismo é mesclada com a história de incontáveis mártires que, desde os primeiros séculos até os dias de hoje, testemunham, com o derramamento de sangue, a fé incondicional no Salvador da humanidade.
Já nos Atos dos Apóstolos, temos o relato do martírio de Estevão e o apóstolo Tiago. A partir daí, o Cristianismo é dispersado pelo mundo e chega a Roma, onde sob o imperador Nero (64 D.C) inaugura-se uma verdadeira caça aos cristãos, a qual só terá fim três séculos depois.
“No início, os cristãos precisavam ser bem preparados para assumirem o batismo, porque abraçar a fé, naquela época, significava correr um perigo constante de morte”, afirma padre Carlo, professor de história da Igreja na Universidade Santa Cruz de Roma.
Quando falamos de perseguição ao Cristianismo, nada pode se comparar ao Século XX. Só os mártires provenientes das grandes revoluções e regimes ditatoriais superam os de toda a história. A Revolução Russa (1917), por exemplo, levou à morte cerca de 17 mil sacerdotes e 34 mil religiosos. O Comunismo se espalhou pelo mundo e declarou a religião como subversiva e inimiga do Estado. Igrejas, conventos e seminários são fechados e destruídos. São incontáveis os números de mártires em países como União Soviética, Lituânia, Romênia, China, Vietnã, Camboja e Cuba.
 Na Revolução Nacionalista espanhola (1931), a Igreja Católica é condenada à extinção e considerada um inimigo a ser abatido por todos os meios. Entre sacerdotes, religiosas e religiosos, o número de mortos chegou a 6.832, sendo 13 bispos, 4.184 padres diocesanos, 2.365 religiosos, 283 religiosas e vários seminaristas. Em 28 de outubro, Bento XVI beatificou 398 mártires desta revolução de uma só vez, o que ficou conhecido como a maior beatificação da história da Igreja.
Em nossos tempos, o número de cristãos perseguidos também caminha para se igualar aos do século passado. Segundo o sociólogo investigador David Barrett, no seu livro World Christian Trends AD 30-AD 2200, na primeira década deste milênio foram 160 mil cristãos assassinados e, na segunda década, calcula-se o número de 150 mil. Segundo os cálculos, um cristão é assassinado a cada cinco minutos, um dado que os coloca no topo dos grupos mais perseguidos do mundo.
Por que nem todos sabem destes dados?
“Não é interessante para a mídia divulgar o martírio de cristãos”, diz a missionária do ministério Portas Abertas, um grupo evangélico fundado por Irmão André ainda na época da ‘cortina de ferro’, o qual tem por missão dar suporte a esta Igreja perseguida. Segundo a missionária – que já visitou países como Cuba, Iraque e Paquistão -, os cristãos desses países não possuem, muitas vezes, nem sequer uma Bíblia e vivem a sua fé sob a pressão de grupos radicais islâmicos.“Estes nossos irmãos vivem uma fé autêntica, porque ser cristãos em países hostis ao Cristianismo significa viver sob o constante risco de morte ou tortura. Uma pessoa muçulmana que se converte ao Cristianismo, por exemplo, morre se não voltar atrás, mas, mesmo assim, eles não negam a fé em Jesus”, diz Elizabeth.
Um outro tipo de perseguição
A perseguição em nossos tempos não é somente a física, ou seja, o martírio de sangue. Existe uma outra forma de perseguição que se espalha pelo mundo e por países que, antes, eram profundamente cristãos.
“O Papa fala hoje do martírio da ridicularização, ou seja, se você se denomina cristão no trabalho, na universidade ou coloca um crucifixo no peito, eles o ridicularizam. Vão chamá-lo de alienado, de fundamentalista, medieval. Não é uma perseguição que vem com as armas, mas com a cultura”, explica professor Felipe Aquino, professor de História da Igreja e apresentador da TV Canção Nova.
Um exemplo desta secularização e hostilidade ao Cristianismo, sobretudo à Igreja Católica, mostra-se na França. “Recentemente, a ministra do alojamento francês acabou de pedir, publicamente, que a Igreja devolva imóveis e salas para colocar outras pessoas dentro. O atual governo decidiu voltar atrás no reconhecimento de diplomas dos estudantes sob o argumento de que estas instituições estão ligadas à Igreja e ao Vaticano e não podem gozar dos mesmos privilégios das instituições estaduais”, disse Louis-Marie Guitton, responsável pelo observatório sócio-político da diocese de Toulon, na França.
No Brasil, este laicismo também começa a dar as suas caras. Em março deste ano, a pedido da Liga Brasileira de Lésbicas, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul  (RS) determinou a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos dos espaços públicos e prédios da justiça gaúcha. Em novembro, o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, pediu a retirada do termo “Deus seja Louvado” das cédulas da moeda brasileira, o Real, com o argumento de que o Estado é laico.
Um Estado laico significa negar a cultura religiosa de seu povo?
“Nós estamos num Estado cuja maioria da população é cristã, isto significa que ter um crucifixo, por exemplo, num prédio público é respeitar o sentimento religioso desta maioria e também a fé cristã que está impregnada na cultura do Brasil”, diz o advogado especialista em direito civil Aleksandro Clemente.
Já para Elizabeth, da missão Portas Abertas, é preciso que os cristãos do Brasil aprendam com os países que se fecharam ao Evangelho. “Se nós formos ver, os países mais hostis ao Cristianismo, hoje, são aqueles nos quais o Cristianismo era muito forte no início, onde ele nasceu. Nós precisamos estar atentos às leis que tramitam no Congresso, porque nenhum país se fecha ao Evangelho da noite para o dia, as coisas vão acontecendo devagar”, disse a missionária.

O DESAFIO DE SER UM JOVEM CRISTÃO NA MODERNIDADE

Ser um jovem cristão na modernidade não é nada fácil. Basta você defender valores como castidade, a família tradicional e a vida – desde a sua concepção – para ser insultado e ridicularizado pelo mundo moderno

Jovem cristã é ridicularizada por manifestantes ateus em Madrid (2011)
Talvez muitos de nós jovens já tenham vivido na pele algum tipo de preconceito por ser cristão e, sobretudo, por ser católico. Na faculdade, os professores aproveitam para falar mal do Papa, acusam a Igreja de inquisitora, retrógrada, medieval, homofóbica… e por aí vai. Carregar um crucifixo no peito, andar com um terço ou Bíblia na mão pode lhe custar o título de fundamentalista.
Certo dia, um jovem testemunhou que apresentou um excelente trabalho na faculdade e recebeu honrarias de todos na mesa pelo feito acadêmico. Mas, no final, quando agradeceu a Deus e à Igreja pela inspiração de tal trabalho, sentiu um silêncio ensurdecedor no auditório e um clima de condenação tomou logo conta do espaço.
É verdade! Para ser um verdadeiro cristão, hoje em dia, é preciso muita coragem. Não existe mais nenhum status social para quem quer ser fiel a Cristo. Para nós jovens, falar de castidade, de matrimônio, de família tradicional pode lhe custar o isolamento e a ridicularização.
Não raro, encontramos jovens, de dentro da Igreja, que temem a ridicularização do mundo. Preferem as horarias dos colegas de baladas ao martírio da fidelidade a Cristo e a Igreja. Dizem-se jovens católicos, cristãos, mas aceitam a camisinha, acham supernormal a relação homoafetiva (“o que importa é o amor”, dizem), assistem aos Big Brothers (BBB) da vida, e pouco se importam com o que diz a Igreja sobre tais temas.
Como ser um autêntico jovem cristãos?
“O jovem, hoje, não pode mais viver sozinho, senão o mundo o egole”, diz Felipe Aquino, professor a apresentador da TV Canção Nova.

Para professor Felipe, hoje nós vivemos num mar de iniquidades, no qual o pecado ronda o jovem por todos os lados. No entanto, existem “ilhas de piedade” e são nelas que eles precisam se agarrar.
“O jovem de hoje precisa estar ligado a estas ‘ilhas de piedade’ que são os movimentos, as novas comunidades, as pastorais. Ele precisa, por questão de sobrevivência, conhecer o Catecismo da Igreja Católica, a história da Igreja e estar junto com outros jovens, porque uma única árvore é facilmente derrubada pelo vento, mas uma floresta não”, conclui o professor.
Para padre Carlo Pioppi, professor da Faculdade Santa Cruz de Roma, “ser um jovem cristão, hoje em dia, é difícil, porque Cristo nos liberta de uma série de condicionamentos. O Cristianismo não pode mais ser olhado como uma religião que nos coloca uma série de obrigações, mas sim como uma religião que nos aponta a liberdade.”
Fonte:Destrave

Namoro santo. É possível?


É possível namorar sem desagradar a Deus? Ou seria

É possível namorar sem desagradar a Deus? Ou seria melhor inventar outra forma de relacionamento?”

A Bíblia (que deve ser nosso livro de princípios, nossa regra de fé e prática) não fala nada específico sobre o namoro. Não existe nela o termo 'namorar'. Mas há alguns casos que revelam esse tipo de relacionamento antes do casamento. É o caso de Jacó e Raquel - ele a amou logo de cara e se dispôs a trabalhar para seu pai durante sete anos para tê-la como esposa (Gênesis 29). Aí temos um dos primeiros significados do namoro: é um tempo de dedicação e compromisso. Já imaginou ter que trabalhar de graça para conseguir uma namorada? É preciso muito amor mesmo! O que nem sempre acontece hoje em dia... Hoje, quase ninguém quer saber do fator 'amor' entre o casal, principalmente no namoro. Ele acabou ficando em segundo plano. Primeiro vem a atração, depois a paixão. E é aí que está o problema: atração e paixão são vontades da nossa carne, não são sentimentos. E quando satisfazemos à carne... é problema na certa. Duvida? Pois vamos aos fatos:
O 'ficar'
Ficar, ou sair por aí com alguém como se fosse namorado sem o ser, virou moda.
'Vamos beijar, beije todos os que estiverem ao seu lado', falou certa vez a cantora Ivete Sangalo em dos seus shows na praia de Florianópolis. E não era de 'ósculo santo' que ela estava falando! 'Namorar só depois de conhecer bem a pessoa', me disse uma amiga. Só que o 'conhecer bem' incluía a relação a sexual - dos beijos ao ato em si. A mídia reforça a idéia:'o que você acha de transar antes de namorar?' era a pergunta num programa na televisão. E o pior: as respostas eram 'normal', 'depende do cara', 'legal'... Agora reflita: há compromisso e dedicação quando 'ficamos'? Não. Há amor verdadeiro? Também não, no máximo atração ou paixão. É só para satisfazer um desejo da carne. E qual o problema nisso?
Nosso Deus é um Deus que se agrada de compromissos. E se você não consegue fazer isso com quem está ao seu alcance, imagine com Ele.
As conseqüências dessa falta de compromisso. A família é um projeto do coração de Deus, e o diabo quer destruí-la. Logo, namoro sem compromisso leva a casamentos desfeitos e relacionamentos também sem compromisso. Adolescente que fica hoje, não vai querer casar amanhã, só 'morar junto' - livre de compromisso perante a lei e perante Deus. Esse é o plano de Satanás.
Ficar é só para satisfazer a um desejo momentâneo, e 'os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.' (Gálatas 5:24)
Tenho compromisso. E agora?
Talvez você não esteja 'ficando', mas decidiu namorar alguém. E esta é a palavra: decisão. Amar alguém também faz parte de uma decisão. Ben Wong, disse que para um casamento ser duradouro é preciso que o casal tenha em mente que decidiu amar àquela outra pessoa pelo resto de sua vida. Se você decidiu assim, não vai dar lugar para os famosos pensamentos do tipo 'o amor entre nós acabou'. E é claro, vai fazer de tudo para cultivar esse amor com gestos e atitudes.
No namoro, a decisão não é menos importante. Principalmente se você tiver em mente 'o que é o namoro'. Esse tempo de compromisso e dedicação é, na verdade, um privilégio. É o tempo que temos para conhecer a outra pessoa. Já se foi (ainda bem!) aquela época em que os pais escolhiam os cônjuges de seus filhos de acordo com seus interesses financeiros, sem que o casal ao menos se conhecesse. Agora, a decisão é de cada um.
Mas se você decide namorar, é porque decide 'conhecer' alguém, e com um objetivo. Conhecer alguém significa saber de seus defeitos e qualidades. Saber o que o deixa feliz e o que o entristece. Saber seus gostos e preferências. Saber qual sua personalidade e saber se é bom ou mau caráter. Saber o que está por trás da 'casca' que, aparentemente, agradou! Será que a fruta é boa mesmo? Depois disso vem o noivado. É uma segunda etapa do namoro. É a época de fazer planos, sonhar mais alto, projetar um casamento, a construção de uma nova família. E então, finalmente vem o casamento: o objetivo final do namoro. A consumação de um relacionamento de amor. Uma decisão, e das mais importantes.
Pratique o namoro santo!
Doze características de um relacionamento que tem, como prioridade, a busca de santidade e da vontade do Senhor:
Antes de namorar, sejam amigos. A amizade é fundamental para um relacionamento dar certo. Permaneçam 'só amigos' o máximo de tempo possível!
Busquem orientação de Deus antes e durante o namoro. Se vocês não têm vergonha de beijar um ao outro, então porque ter vergonha de orar juntos?
Estabeleçam alvos conjuntos. Façam do namoro o primeiro passo para um casamento. Nem sempre o namoro vai acabar num altar, mas esse deve ser o objetivo principal. Só comece a namorar com essa intenção, nunca para se divertir ou como passatempo.
Não façam do namoro ou um do outro prioridade. Enquanto vocês não são casados continuam debaixo do cuidado dos pais, autoridades colocadas por Deus sobre suas vidas. A suas famílias devem ser prioritárias. A aprovação deles em tudo o que fizerem é imprescindível. Lembrem-se do mandamento: 'Honra a teu pai e tua mãe...' e Deus lhes mostrará que é fiel!
Não se isolem. Muita gente, após um namoro desfeito, descobre que não tem mais amigos. Eles foram sumindo aos poucos, enquanto o namoro era autocentralizado.
Não se sintam 'dono do outro'. O namoro é apenas uma fase de conhecimento do parceiro (a), não significa que você tem posse sobre ele (a). Não se impeçam de, as vezes, saírem sozinhos (a) ou com a turma;
Não dêem lugar ao diabo (Efésios 4:27). Não fiquem sozinhos em casa, não namorem no escuro. Não façam aquilo que virá a despertar desejos mais íntimos ou sexuais.
Só façam um com o outro aquilo que não teriam vergonha de fazer na frente dos outros.
Aproveitem esse tempo para conversar e abrir seus corações. Mas se vocês não são adeptos da corte (ver artigo 'Namoro ou corte'), pelo menos coloquem beijos e abraços em segundo plano e sempre com moderação;
Aprendam a demonstrar carinho com respeito. Palavras doces, pequenas surpresas e programas agradáveis a sós podem revelar seu amor pelo outro sem que suas convicções se choquem.
Busquem o máximo de intimidade visando o conhecimento mútuo sem que seja necessário defraudação do corpo do outro. Intimidade também significa familiaridade. Duas pessoas íntimas se dedicam particular afeição.
Façam com que a paz de Deus seja o árbitro. Namoro turbulento e cheio de neuroses não esta com nada.
Não dêem ouvidos para que os outros falam, ou o que a sociedade vem impondo sobre namoros 'modernos'. Lembrem-se que estamos no mundo, mas não pertencemos a ele. Não se acomodem, não se conformem com o que está errado. Sejam firmes. E sejam felizes! 'E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.' (Romanos 12:2)
Fonte: Rosana Salviano
jornalista do eucreio.com

Drogas






O pior não é a morte, mas sim a morte que experimentamos em vida

Droga é tudo aquilo que priva da vida. As drogas não trazem a morte. Elas são a morte. Uma vez ouvi alguém dizer que o pior não é a morte, mas sim a morte que experimentamos em vida. É isso que fazem a maconha, cocaína, cigarro, álcool e afins, e mesmo outras coisas, como a sexualidade desregrada, a novela, remédios, anabolizantes, etc. Vende-se um ideal de falsa alegria ou falsa paz, que bem devagar vão desgastando o sujeito, impedindo-o de se conhecer, de desfrutar as possibilidades que a vida oferece, enfim, vai se matando a esperança.E há tanto a esperar da vida! Mas usamos as dificuldades, os conflitos como desculpas por um modo de vida “mais fácil”. Trocamos nossa liberdade por comodidades. Pior ainda é quando se abre mão dessa liberdade apenas por uma mera curiosidade.
Mas como se perde essa liberdade? Quantas vezes, usando drogas, você perdeu a oportunidade de descobrir aquilo que realmente te faria escolher teu caminho: tua força, tua capacidade, teu potencial? Quantas vezes você deixou sua vida ser decidida por aqueles que alimentam seus vícios? Quantas vezes mudamos nossa rotina, ou prejudicamos nossos contatos afetivos por causa do horário de uma novela, ou da necessidade de fumar um cigarro? Quem está decidindo a sua vida? As coisas que você faz são dirigidas a uma meta, a se tornar uma pessoa melhor a cada dia, ou você se deixa levar pela “fissura”, pelo efeito que a droga produz?
A incapacidade de fazer escolhas, e conseqüentemente de controlar o que se faz, te torna uma pessoa compulsiva. Você não consegue mais ficar sem um “trago”, não consegue perder o capítulo de uma novela, não consegue decidir o que é melhor na tua vida afetiva por causa de uma dependência sexual.
Já parece não haver mais esperança de vida sem aquele vício. E o pior, é que tudo aquilo que você faz, você se justifica por aquilo que sente; só consegue se relacionar com as pessoas a partir da “segurança” que a droga oferece; diz que ninguém tem nada a ver com sua vida, e começa a experimentar o pior prejuízo que a droga traz: a solidão.
Como sair dessa? Em primeiro lugar, é preciso uma decisão radical de romper com o vício, com a escravidão. Para isso, é preciso mudança de vida. É preciso quebrar a autosuficiência, arrepender-se, ter humildade, submissão, disciplina, entrega, e principalmente, acreditar em Deus. O trabalho feito a partir da tradição dos grupos de “Anônimos” (AA, Fazenda do Senhor Jesus, etc.) indica algumas medidas importantes, estruturando esses passos através da promoção de uma reconciliação com Deus, consigo mesmo e com os outros. A decisão, no entanto, precisa ser radical. A recompensa? A esperança, a vida, a liberdade. A certeza de que o melhor da vida ainda está por vir.
Que tal agora pensarmos nos vícios que fazem parte da sua vida?Cocaína? Maconha? Álcool? Cigarro? Remédios? E se você acha que não é viciado, apenas usuário, vale a pena lembrar a atitude de auto-engano e justificação contidos na frase “quando quiser, eu paro”, usada por tantos que hoje precisam da nossa ajuda e nossas orações. Pelo que você acha mais importante viver: Pelos enganos oferecidos por esses meios de entorpecimento da vida, ou pela esperança de viver a vida que Deus sonhou para você? Lembre-se: Jesus quer te dar a vida, e vida em abundância.
Cláudia May Philippi e Kleuton Izidio Canção Nova.


domingo, 9 de dezembro de 2012

10 CONSELHOS DE BENTO XVI AOS JOVENS



 1) Conversar com Deus

“Algum de vós poderia talvez identificar-se
com a descrição que Edith Stein
fez da sua própria adolescência,ela, que viveu depois no 
Carmelo de Colônia: “Tinha perdido consciente e deliberadamente 
o costume de rezar”. Durante estes dias (de Jornada Mundial da Juventude) 
podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo 
com Deus, porque sabemos que nos ama e, a quem, por sua vez, queremos amar”.
2) Contar-lhe as penas e alegrias
“Abri o vosso coração a Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe
o ‘direito de vos falar’ durante estes dias. Abri as portas da vossa
liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e
as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine com a sua luz a vossa 
mente e toque com a sua graça o vosso coração.
3) Não desconfiar de Cristo
“Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o
direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto
na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, 
o vosso ‘sim’ ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos hoje o que
disse no princípio de meu pontificado: Quem deixa entrar Cristo na 
sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a 
vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade se abrem de par em 
par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as 
grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade
experimentamos o que é belo e o que nos liberta. Estai plenamente convencidos: 
Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à 
perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.
4) Estar alegres: querer ser santos
“Para além das vocações de consagração especial,
está a vocação própria de todo o batizado: também
 é esta uma vocação que aponta para um ‘alto grau’
da vida cristã ordinária, expressa na santidade. Quando
encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a
vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a
experiência própria (…). A Igreja necessita de 
santos. Todos estamos chamados à santidade, e 
só os santos podem renovar a humanidade
Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir
 sem reservas a Cristo, custe o que custar.
O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar 
interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, 
para testemunhá-la depois no vosso ambiente”.
5) Deus: tema de conversa com os amigos
“São tantos os nossos companheiros que ainda não
conhecem o amor de Deus, ou procuram encher
o coração com sucedâneos insignificantes.
Portanto, é urgente ser testemunhos do amor que
se contempla em Cristo. Queridos jovens, 
a Igreja necessita autênticos testemunhos
para a nova evangelização: homens e mulheres
cuja vida tenha sido transformada pelo encontro
 com Jesus; homens e mulheres capazes 
de comunicar esta experiência aos outros”.


6) No Domingo, ir à Missa
“Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai
também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane
a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada
 vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos
com isso, vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a
sua verdadeira grandeza: não somos os que fazemos uma festa para nós,
mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós.
Com o amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação,
no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida
comece novamente”.
7) Demonstrar que Deus não é triste
“Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria
não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas
partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece
que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um
sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de
exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não”.
8) Conhecer a fé
“Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o
caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez
melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, a
ele. Por isso é tão importante o amor à Sagrada Escritura e, em consequência,
conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura”.
9) Ajudar: ser útil
“Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos
 olhos se abrem. Não nos conformaremos mais em viver preocupados
somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários.
 Vivendo e atuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito
 mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros do que
preocupar-nos somente com as comodidades que nos são oferecidas.
Eu sei que vós, como jovens, aspirais a coisas grandes, que quereis 
comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens,
demonstrai-o ao mundo, que espera exatamente este testemunho dos
discípulos de Jesus Cristo. Um mundo que, sobretudo mediante o vosso
amor, poderá descobrir a estrela que seguimos como crentes”.
10) Ler a Bíblia
“O segredo para ter um ‘coração que entenda’
é edificar um coração capaz de escutar. Isto é
possível meditando sem cessar a palavra de
Deus e permanecendo enraizados nela,
mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor.
Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade
com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós
como uma bússola que indica o caminho
a seguir.Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo.
São Jerônimo observa a este respeito: 
‘O desconhecimento das Escrituras é o 
desconhecimento de Cristo’”.
Fonte: opusdei.org.br

sábado, 20 de outubro de 2012

A QUEDA NO NÚMEROS DE CATÓLICOS AMEAÇA OU UMA CHANCE? Inperdivel!

Dom Henrique
A situação da Igreja: uma ameaça, uma chance.
Caro Internatua, saiu o resultado do último censo no tocante à religião no Brasil. Diminuiu o número de católicos, como já era de se esperar. Por todos os lados aparecem análises desse resultado. Em maio de 2006 escrevi sobre este tema. Não mudo uma vírgula do que escrevi naquela época. Cada vez que sai uma nova pesquisa, republico o meu texto, porque é o que penso e me apraz compartilhar com outros esta análise… Aqui vai ela mais uma vez, toda inteira, tal como escrevi em maio de 2006, sem tirar nem pôr!
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Recente estudo, apresentado na PUC de São Paulo, dá conta que a cada ano, no Brasil, a Igreja católica perde 1% de seus fiéis. Há gente muitíssimo preocupada com isso. É bom mesmo! Gostaria de partilhar com você, caro Visitante, alguns pensamentos sobre esta realidade.
(1) É necessário, antes de tudo, compreender que parte deste fenômeno é típico de nossa época e, neste sentido, não podemos fazer nada para detê-lo. Pela primeira vez na história humana a população mundial é preponderantemente urbana, vivendo num intenso processo de massificação, desenraizamento cultural e             despersonalização e pressionada por uma gama desumanizante de informação. Os meios de comunicação, com sua incrível força de penetração, e o excesso de ideias em circulação desestabilizam os valores das pessoas e das sociedades de modo nunca antes imaginado. Esse fenômeno faz com que se perca o sentido e o valor da tradição.
Não faz muito tempo, cada pessoa era situada em relação à sua família à sua comunidade. O indivíduo sabia quem era, de onde vinha, quais seus valores, qual seu universo existencial… Agora, isso acabou: cada um se sente só, numa corrida louca para ser feliz a qualquer custo, iludido, pensando que os valores dos antepassados e do seu grupo só são valores se interessarem a si próprio, individualmente: é verdade o que é verdade para mim; é bom o que realiza meus desejos e expectativas; cada um é a medida do bem e do mal. É triste, mas cada pessoa acha que tem o direito e o dever de começar do zero e “redescobrir a roda”, de fabricar sua receita de felicidade, determinando de modo autônomo o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que não é. Isto é pura loucura, mas é assim! E lá vamos nós, gritando: “Eu tenho o direito de ser feliz; a vida é minha e faço como eu quero. Eu decido o que é certo e o que é errado…”
(2) No tocante à religião, o homem da sociedade consumista e hedonista do Ocidente não está à procura da verdade, mas sim do bem-estar. A sociedade ocidental já não crê que se possa atingir a Verdade e viver na Verdade. Agora há somente a verdadezinha de cada um, feita sob medida: é “verdade para mim” o que me faz sentir bem, o que resolve minhas necessidades imediatas. Religião não é mais questão de aderir à Verdade que dá sentido à existência, mas sim de entrar num grupo que resolva meus problemas afetivos, emocionais, de saúde e até materiais… Religião não é um modo de servir a Deus e nele me encontrar, mas um modo de me servir de Deus para resolver minhas coisas... Como diz o Edir Macedo, a Bíblia é uma ferramenta para se conseguir aquilo que se quer! Vivam RR Soares, Edir Macedo e companhia…
(3) A urbanização violenta e massificante faz com que as pessoas busquem refúgio em pequenos grupos que lhes proporcionem aconchego e segurança. Por isso as seitas atraem tanto: elas criam um diferencial entre mim e o mundo cão; dão-me a sensação de estar livre do monstro da desumanização, do anonimato, da nadificação…
Veja bem, meu Leitor, que contra esta realidade a Igreja não pode fazer muito. A multidão continuará presa das ideias desvairadas dos meios de comunicação; a busca do bem-estar egoístico continuará fazendo as pessoas buscarem a religião como um refúgio e um pronto socorro e, finalmente, a busca de se sentir alguém, fará as pessoas procurarem pequenos grupos nos quais se sintam acolhidas e valorizadas.

Mas, por que este fenômeno atinge sobretudo os católicos? 
Por vários motivos:
a) Somos a massa da população brasileira e não temos como dar assistência pastoral personalizada a todos os fiéis. Isso seria praticamente impossível, mesmo que tivéssemos o triplo do número de padres e agentes de pastoral…
b) Historicamente, nossa catequese deixou muito a desejar e nas últimas décadas piorou muito: é uma catequese de ideias vagas, mais ideológica que propositiva, ambígua, que não tem coragem de apresentar a fé com todas as letras… Ao invés, apresenta a opinião desse ou daquele teólogo… Assim, troca-se a clareza e simplicidade da fé católica (como o Catecismo a apresenta) por complicadas e inseguras explicações, fazendo a fé parecer uma questão de opinião e não uma certeza que vem de Deus; algo acessível a especialistas letrados e não aos simples mortais. Céu, inferno, anjos, diabo, purgatório, valor da missa, doutrina moral – cada padre diz uma coisa, cada um acha que pode construir sua verdade… Tudo tende a ser relativizado… Uma religião assim não segura ninguém e não atrai ninguém.Religião é lugar de experimentar a certeza que vem de Deus, não as dúvicas e vacilações dos tateamentos das opiniões humanas. É preciso que as opiniões cedam lugar à certeza da fé da Igreja!
c) No Brasil há, desde os anos setenta, uma verdadeiraanarquia litúrgica, ferindo de morte o núcleo da fé da Igreja. Bagunçou-se de tal modo a liturgia, inventou-se tanta moda, fez-se tanta arbitrariedade, que as pessoas saem da missa mais vazias que o que entraram. A missa virou o show do padre ou o show “criativo e maravilhoso” da comunidade. A missa tornou-se autocelebração… Mas, as pessoas não querem show, criatividade nem bom-mocismo: as pessoas querem encontrar Deus nos ritos sagrados! Hoje, infelizmente, celebra-se com mais respeito e seriedade um culto protestante ou um toque da umbanda que uma missa católica!
No culto não se inventa, na umbanda não se inventa; na liturgia da Igreja do Brasil, o clero se sente no direito absurdo de inventar! Isso é um gravíssimo abuso e uma tirania sobre a fé do povo de Deus! É muita invenção, é muita criatividade fajuta. Bastaria abrir o missal e celebrar com devoção e unção, cumprindo as normas litúrgicas…
d) A Igreja no Brasil, em nome de uma preocupação com o social (que em si é necessária e legítima) descuidou-se dos valores propriamente religiosos e muitas vezes fez pouco da religiosidade popular (quantas vezes se negou uma bênção, uma oração de cura, a administração de um sacramento, uma procissão com a presença do padre, o valor de uma novena e de uma romaria…). Ora, hoje o “mercado” de religião é diversificado: se o padre não sabe falar de Deus, o pastor sabe; se na homilia não se prega a palavra, mas se a instrumentaliza política e ideologicamente, o pastor prega a palavra; se o padre não dá uma bênção, o pastor dá… Infelizmente, às vezes, tem-se a impressão que a Igreja é uma grande ONG, preocupada com um monte de coisas e não muito atenta a pregar Jesus Cristo e a sua salvação… Não se vê muito nossos padres e freiras apaixonados por Cristo e pelo Evangelho. Fala-se muito em valores do Reino, compromisso cristão, etc… Isso não encanta! Quem encanta, atrai, comove, converte e dá sentido a vida é uma Pessoa: Jesus Cristo!
e) Outra triste realidade é o processo de dessacralização. Parece que o clero e os religiosos perderam o sentido do sagrado. Adeus ao hábito religioso, adeus à batina, adeus ao clergyman, adeus à oração fiel e obediente da Liturgia das Horas, adeus ao terço diário (”para que terço?”), adeus ao ethos, isto é, àquele conjunto de realidades, de modo de ser e de viver que fazia com que o povo reconhecesse o padre como padre, o religioso como religioso, a freira como freira.Parece que se faz questão de transgredir, de chocar, de desnortear a expectativa do povo, de negar a identidade… Hoje tudo é ideologizado: a pobreza é “espiritual” e não real, material, concreta; assim também a obediência, a vida mística, a penitência e a mortificação e, muitas vezes, os votos e compromissos… Tem-se, portanto,uma religião cerebral e não encarnada na carne da vida, da existência concreta material… E nada mais anticristão que um cristianismo cerebral…
f) Nossas comunidades são meio frias; nossos padres não têm muito tempo. Não temos leigos capacitados para  da acolhida, que faça com que nossas igrejas estejam abertas e tenham pessoas para ouvir, aconselhar, consolar… Infelizmente, ainda que não queiramos, às vezes a Igreja parece uma grande repartição pública e impessoal… A paróquia somente terá futuro como cadeia de comunidades vivas e aconchegantes, nas quais se façam efetivamente a experiência da proximidade de Deus e dos irmãos…
g) As homilias em nossas missas são chatas e moralizantes: só dizem que devemos ser bonzinhos, justos, honestos… A homilia deveria ser anúncio alegre da Palavra que comunica Jesus e sua salvação, tal como a Igreja sempre creu, celebrou e anunciou. A homilia deve ainda ser fruto de uma experiência de Deus; somente assim reflete um testemunho e não um exercício de propaganda. A fé que devemos anunciar é a fé da Igreja, não nossas teorias e nossas idéias estapafúrdias… Isso desnorteia e destrói a fé do povo de Deus. Por que alguém seria católico se nem os ministros da Igreja acreditam realmente na sua doutrina e na sua moral? Os padres nisso têm uma imensa responsabilidade e uma imensa parcela de culpa!

Sinceramente, penso que o número de católicos diminuirá mais e drasticamente. Mas, não devemos nos assustar. Veja, caro Visitante, e pense:
1. O cristianismo nunca deveria ser uma religião de massa. A fé cristã deve nascer de um encontro pessoal e envolvente com Cristo Jesus. Somente aí é que eu posso abraçar o ser cristão com todas as suas exigências de fé e moral. Nós estamos vendo o fim do cristianismo de massa, que começou com o Edito de Milão, em 313, e com o batismo de Clóvis, rei dos francos, e de todo o seu povo, em 496, na Alta Idade Média. No Brasil, esse cristianismo de massa começou com a colonização e o sistema do padroado. Aí, ser brasileiro e ser católico eram a mesma coisa. Ora, será que no cristianismo pode mesmo haver conversão de massa?
2. A Igreja voltará a ser um pequeno rebanho, presente em todo o mundo, mas com cristãos de tal modo comprometidos com o Evangelho, de tal modo empolgados com Cristo, de tal modo formando comunidades de vida, oração, fé e amor fraterno, que serão um sinal, uma luz, uma opção de vidapara todos os povos da terra. Era isso que os Padres da Igreja desejavam: não que todos fossem cristãos a qualquer custo, mas que os cristãos fossem, a qualquer custo, cristãos de verdade, sal da terra e luz do mundo, entusiasmados por Cristo e por sua Igreja católica.
3. O fato de sermos minoria e mais coerentes com o Evangelho, nos fará diferentes do mundo e redescobriremos a novidade e singularidade do ser cristão. Isso nos fará atraentes para aqueles que buscam com sinceridade a Luz e a Verdade. Por isso mesmo, a Igreja não deve cair em falsas soluções de um cristianismo frouxo e agradável ao mundo, de uma moral ao sabor da moda, de um ecumenismo compreendido de modo torto e de um diálogo interreligioso que coloque Cristo no mesmo nível das outras tradições religiosas.
Ecumenismo e diálogo religioso sim, mas de acordo com a fé católica! O remédio para a crise atual e o único verdadeiro futuro da Igreja é a fidelidade total e radical a Cristo, expressa na adesão total à fé católica.
4. É imprescindível também melhorar e muito a formação dos nossos padres e religiosos. Como está, está ruim. Precisamos de padres com modos de padres e religiosos com modos de religiosos; precisamos de padres e religiosos bem formados humana, afetiva, teológica e moralmente. O padre e o religioso são pessoas públicas e devem honrar a imagem da Igreja e o nome de cristãos; devem saber portar-se ante o mundo, as autoridades e a sociedade. Nisso tem havido grave deficiência no clero e nos religiosos do Brasil…
É importante perceber que, apesar de diminuir o número de católicos, nunca as comunidades católicas foram tão vivas, nunca os leigos participaram tanto, nunca se sentiram tão Igreja, nunca houve tantas vocações. Muitas vezes, os leigos são até mais fervorosos e radicais (no bom sentido) que padres e religiosos. A Igreja está viva, a Igreja é jovem, a Igreja continua encantada por Cristo! O clero e os religiosos deveriam deixar de lado as ideologias, as teorias pouco cristãs e nada católicas defendidas em tantos cursos de teologia e livros muito doutos e pouco fiéis, e serem mais atentos ao clamor do povo de Deus e aos sinais dos tempos – sinais de verdade, que estão aí para quem quiser ver, e não os inventados por uma teologia ideologizada de esquerda!Além disso, é necessário considerar que a Igreja não é nossa: é de Cristo. Ele a está conduzindo, está purificando-a, está levando-a onde ele sabe ser o melhor para que seu testemunho seja mais límpido, coerente e puro. Nós temos os nossos caminhos, Deus tem os dele; temos os nossos planos e modos que, nem sempre, coincidem com os do Senhor. Pois bem, façamos a nossa parte. Deus fará o resto!
Isso é o que eu penso, sinceramente, e com todo o meu coração.


Dom Henrique