quarta-feira, 28 de março de 2012

Jesus é o Salvador crede nele!



Em nossa igreja mãe, temos determinadas datas que nos levam a aumentar um pouquinho mais a nossa intimidade com Deus, a exemplo do Natal, onde as famílias se reúnem em torno do altar para celebrar a memória do nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo. 
Outro exemplo de data que nos aproxima muito do nosso Deus é a Quarta-feira de cinzas. Nesta data, nós católicos somos convidados a durante 40 dias sair um pouquinho da nossa “zona de conforto” e modificar alguns hábitos não tão interessantes.

Durante a quaresma, relembramos os quarenta dias em que Jesus ficou em completa oração no deserto, sendo assim tentado pelo mal.

A experiência do deserto nos faz refletir sobre a possibilidade do espírito ser mais forte do que a carne, ou seja, nos demonstra que somos mais fortes do que os nossos desejos, somos os senhores de nossas ações e não somos dominados pelos impulsos.

Leva-nos a dizer “Bebida, sou eu que te domino e não você que manda em mim”, “Sexo, você não tem nenhum poder sobre mim, pois eu que comando os meus desejos”, “Pecado da língua (calúnia/injúria/difamação) vocês não podem comigo, pois sou mais forte do que vocês”. O deserto nos faz dar valor àquelas coisas que para nós eram meros “automatismos”, pois como tive a oportunidade de comentar certa vez em um texto, damos valor àquilo que perdemos.
Ora, a sociedade hoje não costuma mais amar as coisas, as pessoas, não amam o desenvolver da caminhada, pois fazemos tudo de forma automática, comemos e bebemos de forma automática, conversamos com os outros de forma automática, não dando valor às experiências que estas práticas podem nos fazer, nos tornamos verdadeiras marionetes que deixam a vida nos levar, sem termos controle ou discernimento em nossas ações, nos tornando assim prezas fáceis para o inimigo, preferimos, pois, os atalhos das coisas, não preparamos nossa comida, temos o “fast food”, não lemos um livro, preferimos o resumo, não queremos o namoro santo, mas sim antecipar as experiências do casamento.

Por isso o Senhor Jesus aceitou a experiência do Deserto, para nos mostrar que a única forma de vencer o mal é a oração, a perseverança. É valorizar as etapas, pois ele estava se preparando para a sua Paixão, Morte e Ressurreição. Jesus como verdadeiro Deus não necessitava do deserto, mas como verdadeiro homem, precisava dominar os impulsos que nós “homens” temos que suportar.

O Deserto nos dá uma grande lição, qual seja, nos conhecer melhor, conhecer nossos limites, conhecer a força que temos, até onde vai a nossa perseverança e onde podemos chegar com as orações. O deserto nos remete a um local onde não temos grandes mordomias, mas sim um lugar onde devemos conhecer a força que possuímos para vencê-lo, nos leva a analisar os passos que daremos, pois senão nunca conseguiremos atravessá-lo, devido o sol forte, a falta de água e de sombra, mas se conseguimos transpô-lo, teremos certamente uma linda relva esperando e assim seremos mais fortes do nunca.

Desta forma, vivamos a quaresma plenamente, não façamos do sinal da cruz traçado em nossa testa um mero simbolismo de fé, mas sim um desejo incomparável de mudança.

CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO.

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